28 de agosto de 2010

A base da existência - Família

Família, uma palavra forte para muitos.
Uma palavra que as vezes amansa o mais duro coração.
E existem motivos para isto.

Tem início nossa vida e desde muito pequenos já temos o contato direto com nossos pais e com os irmãos, principalmente. Um afeto imenso e uma demonstração de amor sem tamanho é a tônica de muitos lares, seja por uma noite mal dormida de um pai que cuida do filho doente, seja por um simples ato de partilha entre irmãos.
Crescemos e vemos nossos pais envelhecerem, nossos irmãos mudarem e ficarem cada vez mais distantes de nós. Mas o amor continua.
Com o aumento de nossas responsabilidades, começamos a enfrentar problemas, problemas que agem como obstáculos na nossa caminhada, e que têm como objetivo maior fazer com que provemos nossa força.
Mas para provarmos essa força precisamos de um apoio, algo ou alguém que nos dê o impulso e a base necessária.
Onde buscamos? Família. F-A-M-Í-L-I-A.
O duro é quando há situações em que mais precisamos de apoio, quando a dificuldade está em seu ponto mais alto. Procuramos instintivamente nosso porto seguro e somos surpreendidos com um recuo, uma falta de sensibilidade e porque não, de gratidão. Porque?
Porque alguns pais esquecem dos filhos? Porque filhos não dão valor a todos os apertos que seus pais passam para lhe fornecerem um mínimo de conforto? Porque irmãos esquecem que são irmãos?
Não consigo entender.

Penso que esse rejeito pode ser motivado por um rancor, uma angústia que perdura ou um desentendimento. Mas, será que existe algum motivo no mundo para deixarmos nossos familiares de lado?
Não penso em algum.
O perdão é algo possível para qualquer um, qualquer que seja o problema passado.
Família não pode ser a que te rejeita um abraço, a que te esquece, a que não está com você nas horas difíceis.
Se família for isso, o que serão os amigos, colegas e conhecidos? Algo pior, por mais que se esforcem.
Ninguém consegue roubar o posto de um pai, de uma mãe e de um irmão.

Porém pais, mães e irmãos devem saber reconhecer sua importância, devem se sentir fundamentais.
Repito, DEVEM.

Vejo a cada dia mais notícias e exemplos de quebra desses valores.
Atitudes sem fundamento muitas vezes, e que mesmo se tivessem, não compensariam.
Se família não fosse acompanhada do dom do amor, do conforto e da paz, não existiria.
Mas existe.

O mundo tem problemas.
E vejo os pontos fundamentais para a existência humana como mais problemáticos nos dias de hoje.
Um ser sem condições sentimentais (família) e existenciais (um meio ambiente favorável e preservado) pode ter dinheiro, poder, bens, emprego, etc. Mas terá que ser trocado por um robô.
Afinal, terá o mesmo modo de viver e a mesma utilidade no mundo.

Encerro por aqui.

Quis só expressar um pouco da minha opinião e do meu descontentamento com o que vejo. Dou valor aos meus pais e irmão, sei que por mais que eles façam algo muito errado, devo minha gratidão e meu amor eternamente.
Nunca fizeram e acredito que nunca farão.

Mas vejo que ao passar do tempo e é cada vez mais difícil existirem famílias assim. Infelizmente.
Não somos perfeitos. Mas agradeço a Deus por eles, por mais defeitos que tenham, sempre vou amá-los e respeitá-los. Pois tenho coração. E meu coração só pulsa neste momento, porque eles existiram e existem.


Espero ter passado algo legal para quem está lendo.
E fecho o post com uma frase que resume bem tudo isso:

"Se você passar por uma guerra no trabalho, mas tiver paz quando chegar em casa, será um ser humano feliz. Mas, se você tiver alegria fora de casa e viver uma guerra na sua família, a infelicidade será sua amiga"  (Augusto Cury)

Abraço