21 de setembro de 2014

Como uma onda no mar...

"O que eu faço é uma gota no meio de um oceano. Mas sem ela, o oceano seria menor." (Madre Teresa de Calcutá)


Acredito que podemos sempre viver de positividade. Até nos momentos e dias mais difíceis é possível encontrar o lado bom da vida. Essa semana não foi das mais fáceis... Um grande amigo se despediu. Encerrou seu sofrimento e iniciou sua chance de brilhar lá em cima, olhando por nós, como brilhou por muitos anos aqui na Terra. Penso que ficamos eternos quando o que ensinamos e deixamos de legado aqui nesse mundo são replicados por quem influenciamos. E tenho certeza que Seu Antônio não vai ser esquecido tão fácil.
Refletindo e pensando sobre tudo isso, após ter a notícia, me deparei olhando o vai-e-vem das ondas, e percebi que podemos nos assemelhar a elas. 

Surgimos devido a uma energia gerada por alguma forçante do passado. Pode ser um amor tempestuoso.. também pode ser uma amada tempestade?
Toda essa energia ganha forma e pode parecer ínfima se for comparada ao gigantesco oceano. Pode, mas não é.
Com a energia acumulada e a forma tomada, essa onda já ganha um certo tamanho e uma velocidade de desenvolvimento alta... não há grandes resistências para impedir que percorra o vasto oceano, e ainda há um enorme potencial de influência.

Nessa possibilidade de contato há outras belas ondas, que são capazes de somar energia, mas também serem destrutivas... além delas, a energia dessa onda ainda pode ser convertida e passar por fortes atritos, mas que tornam a viagem especial e fazem-na ser mais valorizada.
Durante todo esse caminho percorrido há grandes tormentas, belos lugares e boas companhias, até que a onda toca algo (alguém) que muda definitivamente sua direção, sua área de influência, e pode até consumir parte de sua energia... mas o toque lááá no fundo faz essa onda crescer, crescer, crescer e atingir seu máximo, combinado com uma perda de velocidade de deslocamento.
Após o auge, há a queda... que pode ser lenta ou fulminante, mas que faz a onda se deitar numa bela praia quente, deixando partes de sua energia por onde (quem) tocou. 

Sabemos que a viagem é longa, mas é interessante que saibamos encarar a quebra dessa onda como uma vitória, a qual faz valer todo o caminho percorrido. A quantidade de pessoas que participam desse ato final, dessa despedida na areia, mostra que apesar da queda representar o fim de uma grande viagem, faz tudo valer a pena, que a onda não passou desapercebida. E quando essa onda é útil, ao longo do seu caminho, seja como facilitadora, como indutora ou até mesmo como impedidora de outras ondas, fica eternizada.

Tentemos somar mais energia, influenciar outras ondas, facilitar caminhos, diminuir atritos e aproveitar a viagem da melhor forma. Mas é bom lembrarmos que as tormentas são importantes e delas devemos sair mais fortes, revigorados :)


Peixada de fim de ano do Restaurante Universitário:2013


Dedico essa analogia a uma das ondas que me auxiliou a desbravar novos mares. Sentirei saudade, Seu Antônio. Tenho orgulho de também ser Müller e ter conquistado sua confiança e carinho. Me espera que daqui um tempo eu chego pra tomarmos um chopp e fazemos uma peixada aí!
Um abraço do seu sobrinho, não de sangue, de coração.