31 de julho de 2012

Copo meio cheio ou meio vazio?



   
   Fiquei pensando no que escrever aqui no blog, fazia algum tempo que não postava nada. Decidi então, escrever sobre algo que me incomoda nas pessoas e que talvez as faça melhorar, depois de ler esse texto. Vejo muitos amigos passando por algum problema e se entregando a ele, tendo como atitude apenas reclamar do fato, lamentar e/ou se entristecer pelo acontecido. Não é legal passar por um perrengue, certo? Mas a reclamação, a lamentação e a tristeza vão beneficiar no que? Vão solucionar? Não. 

   Creio que deveríamos encarar as coisas com mais otimismo. Surgiu o problema? Vamos passar firmes e fortes por ele, vamos aprender as lições que ele nos proporcionou, melhorar, crescer, seguir... É muito chato conviver com alguém que tem como prática diária reclamar ou ficar com a cara fechada. Talvez só necessitem de atenção e tal prática seja a ferramenta mais fácil. Talvez seja um vício, o qual nunca recebeu uma crítica construtiva para ser desfeito. Pois então, aqui está a crítica.

   Outros vão para um caminho diferente: colocar a culpa em algo, alguém ou até mesmo em Deus. Bem, acredito no "O ganhador comemora, o perdedor procura desculpa". Uma alternativa, ao invés dessa transferência de culpa, seria pensarmos "beleza, o problema está aqui, vou trabalhar pra ele desaparecer. Se aconteceu, aconteceu, não tem volta". Acho que as coisas seriam mais fáceis e mais produtivas. Agradecer mais e reclamar menos. Está aí uma fórmula boa e não tão complicada.

      E pôr a culpa em Deus é complicado (Isso serve para quem acredita, por favor). Se tudo que eu não gostasse, tudo que eu fosse contra e tudo o que me fizesse mal não existisse, como poderia mostrar meu valor? Minha força? Minhas qualidades? Que graça tudo teria sem as adversidades? Pode ser que eu apele um pouco agora, mas adianto que não é a intenção. Esses dias, lendo notícias na internet, vejo uma que me chama a atenção. Fala da vida do garoto Lucas (vídeo adicionado no fim da página), um menino de 4 anos que tem "epidermólise bolhosa". A doença não permite que ele se mexa muito, já que qualquer atrito na pele gera uma bolha e, consequentemente, uma ferida no local. Tocou meu coração. Você já se imaginou sendo criança e não podendo brincar como qualquer criança? Tendo como único alimento um leite especial, que não prejudica seu esôfago sensível? Sofrendo duas vezer por dia com as trocas de curativo? Ter a língua e os dedos grudados pelas feridas constantes? Pois é, talvez essa fosse uma criança revoltada, triste, de mal com a vida, reclamona. Ele teria mais que nós esse direito, creio. Mas sabe o que ele diz em uma entrevista, quando perguntam o que conversa "com o Papai do Céu" toda noite? "Deus, obrigado por mais um dia." É, ele agradece, não reclama. Uma lição de uma criança de 4 anos.

   Bom, para finalizar eu gostaria de escrever aqui um pequeno texto, que li, certa vez, numa dessas mini-lanchonetes de esquina (Ps: não desmerecendo a sua qualidade), que achei incrível e gostaria de compartilhar e fazer você, leitor, refletir um pouco:

"Pedi a Deus para ser forte a fim de executar projetos grandiosos,
e ele me fez fraco para conservar-me humilde.

Pedi a Deus que me desse saúde para realizar grandes empreendimentos
e Ele deu-me a doença para compreendê-lo melhor.

Pedi a Deus riqueza para tudo possuir,
e Ele deixou-me pobre para não ser egoísta.

Pedi a Deus poder para que os homens precisassem de mim
e Ele deu-me humildade para que Dele precisasse.

Pedi a Deus tudo para gozar a vida
e Ele me deu a vida para gozar de tudo.

Senhor, não recebi nada do que pedi
mas deste-me tudo o que eu precisava
e, quase contra a minha vontade,
as preces que não fiz foram ouvidas."



   Poderíamos ver as coisas assim, com otimismo, por pior que seja o problema. O caso do líquido na metade da capacidade suportada pelo copo é o mesmo, basta decidirmos como vamos encará-lo: um copo meio cheio ou meio vazio.
   Espero que tenhas gostado e que eu tenha sido útil, de alguma forma.

Obrigado pela leitura!