9 de maio de 2015

Um Lasanha em cada um, um Pontal para sempre.


Lasanha: um dos grandes amigos.

Sabe porquê eu gosto tanto do Lasanha? Porque eu vejo nele as principais características dos meus amigos de Pontal e que me fizeram gostar tanto desse lugar. Ele é assim, simples, tranquilo, mas fiel a qualquer amigo. Valoriza uma companhia. Valoriza uma pessoa, a relação social.
Ele tem suas manias e é estranho em um primeiro olhar, julgam diferente e se afastam por algumas atitudes, mas nem sempre percebem que tem um grande coração, que quando é chamado vem correndo ficar pertinho e que é fiel a quem o valoriza. Se alguém tenta te atacar, protege. Se alguém chega perto, cuida de longe. Se te fazem bem, fica com ciúme. Tu encontra ele no mercado, no correio, na praia, nas festas e na tua própria casa, principalmente se tiver comida. Mas nunca reclamei de estar com ele, por ser um amigo nas horas boas e ruins, por demonstrar afeto de todas as formas e por dar hoje muita saudade. Vocês também são assim, meus amigos pontalenses. E guardo cada um no coração, onde quer que eu esteja. O Lasanha é diferente, Pontal é diferente, os pontalenses são diferentes. Mas apaixonantes, eternos!


A praia que deu os dias de futebol, surf, corrida, cerveja, violão, banho, noctiluca, amor, luau, estrela cadente. Que deu o refúgio.


Ontem um ciclo de 6 anos se encerrou na minha vida. Hoje um novo começa. Foi difícil engolir o choro e a única tática usada foi fazer tudo ser breve, rápido. Porém, essas despedidas rápidas são mais frias do que eu desejava. Queria conseguir e saber falar tudo o que penso e sinto para meus amigos, olhando no olho. Preciso de mais treino, acho que hoje só consigo escrevendo. Espero que nesse tempo eu tenha conseguido demonstrar tudo isso, para que palavras ditas ou escritas não sejam tão necessárias.



Não sei o que vai acontecer daqui pra frente, nem tenho nada muito planejado. Descobri que não precisa. Hoje isso não me dá medo, porque quando caí de paraquedas em Pontal, em 2009, logo depois de fazer 18 anos, também não sabia o que estava reservado pra mim, não tinha ideia da cidade que iria morar e tudo era um pouco assustador, apesar de saber que estava entrando "na melhor fase da vida". Contudo, tinha a desvantagem de ainda não saber viver sem os pais, de não ter experiência para resolver sozinho os problemas, por ser tímido e de difícil relação social, por sentir saudade de tudo vivido e acostumado em Santa Catarina. 
Hoje também sinto saudade de um lugar e das pessoas que conheci nele. Me fizeram virar um homem, me transformaram, me ensinaram muito e me deram diversas oportunidades. Quando achei que ia embora, consegui um emprego e tive mais 16 meses para me despedir. Foi o melhor jeito, o ideal. Hoje sou feliz e sei o que quero pra minha vida, tenho mais certeza que vou conseguir. Porque em cada dificuldade sei que poderei contar com meus amigos, em cada tristeza sei que estarão rezando e torcendo por mim, em cada conquista sei que estarão me apoiando. E isso me basta.

Valeu, Pontaleera!


O pôr do sol de Pontal nunca vai sair da cabeça, sempre vai dar saudade. Obrigado!